Em 29 de março de 2025, um jovem americano de 24 anos, Mykhailo Viktorovych Polyakov, colocou seu nome nos holofotes por um motivo arriscado: ele foi preso após tentar visitar a remota Ilha Sentinel do Norte, lar da tribo isolada Sentinelese. Conhecido por seu canal no YouTube, onde documenta aventuras extremas, Polyakov desafiou leis indianas ao navegar até a ilha proibida com um bote inflável, carregando um coco e uma lata de Coca-Cola como “presentes”. Mas o que o levou a essa aventura perigosa, e por que isso causou tanto alvoroço? Vamos mergulhar nessa história que mistura curiosidade, imprudência e um confronto com o desconhecido.
YouTuber Americano Preso: O Que Aconteceu?
Tudo começou quando Polyakov, movido por sua paixão por adrenalina, decidiu explorar um dos lugares mais isolados do planeta. A Ilha Sentinel do Norte, parte do arquipélago de Andaman e Nicobar, na Índia, é protegida por leis rígidas que proíbem qualquer aproximação a menos de 5 quilômetros. O objetivo? Preservar os Sentinelese, uma tribo que rejeita contato com o mundo exterior há milhares de anos. Mesmo assim, Polyakov chegou à costa em 29 de março, passou cinco minutos na praia, deixou seus “presentes”, coletou areia e gravou tudo com uma GoPro.
A aventura não terminou como ele esperava. Pescadores locais o avistaram ao voltar e alertaram as autoridades. Preso dois dias depois, em 31 de março, o YouTuber americano preso agora enfrenta até oito anos de cadeia por violar as regras de proteção tribal. A polícia confiscou seu equipamento e confirmou a entrada ilegal com as imagens capturadas. “Ele queria ser um aventureiro em busca de emoção”, disse o chefe de polícia HGS Dhaliwal, destacando a gravidade do ato.
Por Que os Sentinelese São Tão Protegidos?
Os Sentinelese não são apenas um mistério – são um tesouro vivo. Estima-se que entre 50 e 200 pessoas vivam na ilha, caçando e coletando para sobreviver, sem qualquer influência moderna. Sua rejeição a estranhos é lendária: em 2018, o missionário americano John Allen Chau foi morto a flechadas ao tentar contato. Dois pescadores indianos também perderam a vida em 2006 quando seu barco se aproximou demais. Esses incidentes mostram por que a Índia mantém a ilha como zona restrita: além da segurança dos visitantes, há o risco de doenças comuns, como gripe, dizimarem a tribo, que não tem imunidade.

Polyakov sabia disso? Provavelmente sim. Suas tentativas anteriores, em outubro de 2024 e janeiro de 2025, sugerem um plano calculado. Ele estudou marés e condições do mar, mas subestimou as consequências. Deixar uma lata de Coca-Cola e um coco pode parecer inofensivo, mas para os Sentinelese, qualquer objeto estranho é uma ameaça potencial.
YouTuber Americano Preso: Um Perigo Além do Vídeo
A organização Survival International chamou a ação de “imprudente e idiota”. “Ele não só arriscou a própria vida, mas a de toda a tribo Sentinelese”, disse a diretora Caroline Pearce. Um simples resfriado poderia ser fatal para eles, e o YouTuber americano preso reacendeu o debate sobre influencers que buscam fama às custas de povos vulneráveis. Polyakov, que já visitou o Afeganistão controlado pelo Talibã, parece ter levado sua busca por conteúdo radical longe demais.
A polícia ainda investiga como ele chegou tão perto da ilha sem ser interceptado antes. Equipes de bem-estar tribal inspecionaram a área com binóculos para garantir que nenhum item deixado por ele cause danos. Enquanto isso, o caso dele segue no tribunal, com sua próxima audiência marcada para 17 de abril.
O Que Isso Diz Sobre Nossa Curiosidade?
A história de Polyakov não é isolada. A fascination por culturas intocadas cresce na era das redes sociais, mas a linha entre curiosidade e desrespeito é tênue. Para os Sentinelese, que já dispararam flechas contra helicópteros e rejeitaram presentes no passado, a mensagem é clara: eles querem paz. O YouTuber americano preso é um lembrete de que nem toda aventura vale o risco – especialmente quando o preço pode ser a vida de outros.
Uma Lição em Risco e Respeito
Mykhailo Polyakov saiu em busca de um vídeo viral, mas encontrou algemas e uma cela. Sua tentativa de visitar os Sentinelese em 2025 não só violou leis, mas também colocou em xeque a ética de explorar o desconhecido. Enquanto o mundo assiste ao desenrolar do caso, fica a pergunta: até onde iremos por likes e views? Para os Sentinelese, a resposta é simples: eles preferem ficar fora do roteiro.